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Mostrando postagens de maio, 2007

As primeiras imagens disponíveis no Blog através do Youtube

Como primeira etapa do trabalho com as imagens do YouTube através do Blog Escolhendo a Pílula Vermelha estão sendo disponibilizadas duas temáticas. Na barra lateral a idéia é voltar ao tempo em que era muito mais feliz a infância, ou melhor, quando ser criança merecia o respeito e a consideração dos adultos (hoje as crianças não podem mais ser crianças, cultivar brincadeiras, respeitar o ciclo natural de seu desenvolvimento, manter aquela pureza e ingenuidade de outrora). Por esse motivo imagens da "Vila Sésamo", seriado apresentado nos anos 1970 pela TV Globo, com artistas como Aracy Balabanian, Armando Bógus e Sônia Braga, além dos inesquecíveis bonecos Garibaldo, Caco, Ênio, Beto,... Essa barra ganha então o título "Saudades da Infância"! Na barra inferior mais uma lembrança daquelas que valem muito para todos... Resgatamos pelo YouTube alguns dos melhores momentos do Didi, Dedé, Mussum e Zacharias. Os trapalhões abrem o espaço que carinhosamente ganha o título &

Imagens inesquecíveis no Blog

O Blog "Escolhendo a Pílula Vermelha" é um importante projeto, ponto de encontro e experiência para mim. Todos os dias procuro escrever sobre educação, tecnologia, ciência, cinema, artes, política e uma infinidade de temas que possuem viva relação com a minha própria existência e também com a de praticamente todas as pessoas com as quais convivo, mesmo que suas formações e origens sejam muito diferentes. Nesse sentido a experiência tem que ser sempre aperfeiçoada e aprofundada, por isso mesmo estou constantemente pesquisando o potencial de ferramentas que podem implementar o blog e torná-lo ainda mais rico, interessante e instigante aos olhos de todos os que estão dividindo esse pequeno universo virtual comigo. O que trago agora para vocês é uma ferramenta que já estava disponível mas ainda era subutilizada. Fiz algumas experiências com ela e a cada nova semana estarei disponibilizando através da mesma boas oportunidades para os que por aqui navegarem... Trata-se dos recurs

Algumas Ferramentas de pesquisa confiáveis na internet

É imprescindível que ao propor trabalhos e pesquisas que utilizem a Internet como referência os professores instruam seus alunos a sempre procurar informações acerca dos autores dos materiais pesquisados (textos, gráficos, imagens, tabelas, infográficos, jingles, quadrinhos,...); caso não exista a identificação do autor, que sejam procuradas as informações sobre as instituições que colocaram esse material online. As referências do autor ou da instituição/empresa responsável pelos materiais pesquisados garantem a idoneidade das fontes e permitem que os trabalhos produzidos ganhem confiabilidade. Outra importante responsabilidade do professor se refere às citações e referências extraídas da Internet e a sua disponibilização no trabalho produzido. Em qualquer nível de ensino ou faixa etária é aconselhável que se utilize um modelo padrão de apresentação dessas idéias e acredito que a melhor alternativa é, sem dúvida, a normativa usada em trabalhos científicos. Apresento a seguir dois mode

O "Admirável Mundo Novo" do Second Life

Fiquei sabendo do Second Life num evento científico em que participei há alguns meses atrás, mais precisamente em dezembro de 2006. Eu compunha uma mesa com outros pesquisadores, cada qual falando de suas experiências e práticas, artigos e produções, para um público reduzido mas bastante interessado. Foi então que, passada a palavra a um dos professores que ali se encontravam, iniciou-se a apresentação para os demais do universo paralelo estabelecido no mundo virtual conhecido como Second Life . Estudioso dos games, o pesquisador nos disse ter entrado literalmente de "cabeça" nessa segunda vida - misto de jogo com simulação da realidade - possuindo 3 avatares (esse é o nome genérico dado aos personagens virtuais que cada participante tem no Second Life). De acordo com os dados que ele tinha em mãos, naquele momento os participantes dessa plataforma virtual somavam aproximadamente 3 milhões de pessoas. Dado pouco surpreendente a princípio, principalmente quando levamos em con

Multitaskers... A nova mutação dos seres humanos

Estamos em constante mutação. Isso é biológico e atestado pelos cientistas. Não somos, é óbvio, como os camaleões ou iguais as borboletas. Nossas mudanças têm ocorrido ao longo de milhares de anos e ainda não temos um mapeamento completo de todas elas. Algumas são visíveis a olho nu, como por exemplo a questão dos pelos de nossos corpos, a forma de nossos rostos, o tamanho de nossos cérebros ou ainda o posicionamento de nossas colunas (antes éramos quadrúpedes e acabamos nos tornando bípedes). Essas são apenas algumas mudanças físicas, daquelas que conseguimos facilmente visualizar. Há também aquelas que acontecem dentro de nós, mais especificamente no interior de nossos corpos e de nossas mentes. A nova mutação dos seres humanos que está gerando o que os especialistas chamam de " multitaskers " é uma alteração que ocorre em nossos cérebros e que está nos permitindo fazer várias coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, as crianças e adolescentes nascidos na última década conseguem

As desgraças que aproximam o Brasil e a África

Li um artigo publicado pela revista Superinteressante (do mês de junho de 2007) cujo título é "Ajuda atrapalha?" e que tem como foco a África e as grandes doações e empréstimos (a juros abaixo daqueles que são cobrados no mercado) que foram concedidos a países daquele continente. Chama bastante a atenção de quem lê o depoimento de algumas pessoas ligadas a Organizações Não Governamentais que em vários momentos do texto dizem que a ajuda que tem vindo de fora não tem auxiliado os africanos a superar as chagas que tanto atormentam aquelas terras. Pelo contrário, afirmam esses ativistas de causas africanas que os desmandos e desvios de verbas, roupas, alimentos ou medicamentos são regulares e causam problemas ainda mais sérios dentro daqueles países. Criam-se poderes paralelos que negociam essas doações ou, ainda pior, que captam boa parte dos recursos disponibilizados e os desviam para contas particulares em outras nações. Há uma cultura estabelecida nesses países que permite,

O mais fantástico entre todos os hiper-computadores

"O poder de processamento de informação oferecido por tal número de conexões entre neurônios é incalculável. Em linguagem imprecisa, mas sugestiva, o cérebro é como um hiper-computador, no qual cada neurônio é uma CPU. Só que, diferentemente dos computadores modernos, nos quais a corrente elétrica flui linearmente entre uma ou duas CPUs ou é distribuída entre centenas ou milhares delas em computadores paralelos, no cérebro os trilhões de ligações entre as CPUs são infinitamente mais versáteis. O resultado é uma entidade eletrobiológica ('máquina' não parece um termo adequado) capaz de captar, por meio dos cinco sentidos, uma quantidade gigantesca de informação e, após processá-la, de recriar, integrando essa informação toda, o que chamamos de percepção da realidade. Ou seja, o que chamamos de 'realidade' é uma recriação do cérebro, o mais perfeito dos simuladores virtuais." ( Maestro Invisível , artigo de Marcelo Gleiser, publicado na Revista Galileu, de Junho

O mais fantástico entre todos os hiper-computadores

"O poder de processamento de informação oferecido por tal número de conexões entre neurônios é incalculável. Em linguagem imprecisa, mas sugestiva, o cérebro é como um hiper-computador, no qual cada neurônio é uma CPU. Só que, diferentemente dos computadores modernos, nos quais a corrente elétrica flui linearmente entre uma ou duas CPUs ou é distribuída entre centenas ou milhares delas em computadores paralelos, no cérebro os trilhões de ligações entre as CPUs são infinitamente mais versáteis. O resultado é uma entidade eletrobiológica ('máquina' não parece um termo adequado) capaz de captar, por meio dos cinco sentidos, uma quantidade gigantesca de informação e, após processá-la, de recriar, integrando essa informação toda, o que chamamos de percepção da realidade. Ou seja, o que chamamos de 'realidade' é uma recriação do cérebro, o mais perfeito dos simuladores virtuais." ( Maestro Invisível , artigo de Marcelo Gleiser, publicado na Revista Galileu, de Junho

Globalizar a solidariedade

"O mercado em escala mundial (distante de compreender toda a troca comercial) não integrou os países e as pessoas, nem poderá fazê-lo, devido aos baixos níveis de competitividade de que muitos partem. É claramente insuficiente. As desigualdades na saída não podem produzir mais do que desigualdade acentuada no caminho e na meta. A globalização não pode ficar limitada a uma ligação entre 'os de cima', deixande de fora 'os de baixo'. Trocar bens e produtos cria laços de interdependência (também de dependência), mas não gera per se relações pessoais, laços de solidariedade, compartilhar ilusões e projetos, compreensão e respeito pelo outro, etc. A sociabilidade tem que se apoiar em outras interdependências, em formas de integrar os sujeitos em atividades e projetos comuns." (SACRISTÁN, Gimeno. A Educação que ainda é possível: Ensaios sobre uma cultura para a educação. Porto Alegre: Artmed, 2007) A globalização criou laços que unem os países e que, também ocasionar

O dia da África... Será que podemos comemorar?

Hoje, 25 de Maio, é o dia da África... Resgato um texto que escrevi para o Planeta Educação em que abordo a situação degradante em que se encontra aquele continente... Convido-os a ler e refletir sobre o momento bastante difícil, duro e infeliz em que estão vivendo milhões de africanos... "A África, que chamei de continente perdido, é o berço da humanidade, o local de onde se originou a vida humana. É também, pelo rumo da história que estamos vivendo, a região do planeta aonde essa vida irá, num primeiro momento, se extinguir... Estamos nos matando por dinheiro. Aniquilamos crianças, mulheres, jovens, homens, idosos e quem mais for por um pretenso progresso da ciência ou então pelo crescimento da economia mundial... É preciso abraçar a África, num esforço coletivo em favor daquele continente e de toda a vida nele contida. Não podemos continuar dando as costas aos dramas políticos, sociais e econômicos dos países pobres do continente negro. Nesse sentido um primeiro e importante p

A criança que queria ser uma televisão... Seria cômico se não fosse trágico!

Reproduzo a seguir uma história que recebi por e-mail com o intuito de alertar as famílias para o fato de que é necessário colocar o diálogo, a participação na vida dos filhos, o companheirismo do casal e a humanização das relações como pautas primordiais para as nossas vidas. Não podemos colocar nossos conjuges e filhos em segundo plano em hipótese alguma... A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redação e nessa redação o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. À noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa muito emocionada. O marido, nesse momento, acaba de entrar, a vê chorando e diz: "O que aconteceu?" Ela respondeu: "Leia". Era a redação de um menino. "Senhor, esta noite te peço algo especial: me transforme em um televisor. Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atençõ

Juliana Paes e Gianecchini - Campeões de audiência na internet...

A internet é realmente uma ferramenta mal aproveitada pela maioria das pessoas. Levantamentos realizados periodicamente pelos grandes portais como o Universo Online (UOL), o Terra, a Globo.Com ou o Internet Generation (IG) - indicam que a maior procura que se realiza na rede mundial de computadores relaciona-se a artistas de televisão ou de cinema, preferencialmente pessoas jovens, sensuais e muito bonitas ou ainda por sites e links que "informam" os internautas sobre as últimas "fofocas" do mundo do entretenimento. Por esse motivo, entre os campeões da pesquisa realizada por esses portais destacam-se personalidades como Juliana Paes ou Reynaldo Gianecchini. Nada tenho contra esses atores, que considero até promissores e esforçados na realização de suas atribuições profissionais - e, em relação aos quais não posso deixar de considerar a beleza e a simpatia. O que chama a atenção é que, enquanto isso, temas de relevância e importância suprema para os destinos da naç

EAD - O compromisso do Educador

Se ao aluno cabe o compromisso de se mostrar disciplinado para o uso do EAD, conforme mencionamos no post anterior, ao professor que participa de projetos que se utilizam das tecnologias de informação e comunicação compete não apenas o conhecimento acerca das disciplina ou conteúdo que irá trabalhar através da web. Digo isso porque ao utilizar-se das ferramentas do EAD, o professor não irá apenas transportar os conteúdos da disciplina que ministra (através dos livros, apostilas, apresentações em powerpoint, revistas ou artigos que usa regularmente) das plataformas em que esses recursos se encontravam (como o papel, por exemplo) para o ambiente virtual. Não é uma mera transposição dos saberes do papel para o virtual o que irá ocorrer. Se isso for efetivado dessa maneira a probabilidade de êxito no trabalho com EAD será muito reduzida, ou melhor dizendo, praticamente nula. Nesse sentido cabe dizer que os educadores devem entender, se apropriar e utilizar essas ferramentas durante algum t

EAD - A disciplina necessária por parte do aluno

O EAD, como disse na postagem anterior, é uma modalidade de ensino muito recente no Brasil e no mundo. O que já se sabe, ao certo, quanto a essa nova possibilidade de trabalho e aperfeiçoamento em educação é que há uma clara exigência de disciplina por parte do aluno que se matricular num curso a distância através da internet. E o que significa, nesse caso, ter disciplina? A disciplina requerida diz respeito a necessidade de conectar-se com regularidade, realizar as tarefas propostas de acordo com o que foi pedido e respeitando-se prazos de entrega, entrar em horários previstos e agendados para ter contato com professores e monitores, criar momentos de interação com outros estudantes através da web para partilhar experiências e dúvidas ou ainda - fora do ambiente virtual - realizar as leituras pedidas e/ou sugeridas. Vai um pouco além disso pois requer que os estudantes em questão tenham também o compromisso de realizar por si mesmos, sem o auxílio de terceiros ou sem que outras pess

EAD - Algumas considerações

O EAD, sigla utilizada em nosso país para Ensino a Distância é uma realidade em construção. Estamos ainda engatinhando em relação ao assunto e isso não é privilégio dos brasileiros. As experiências internacionais ainda são embrionárias e pouco avançamos além do deslocamento das estratégias do presencial para o virtual e dos conteúdos que sairam dos livros e chegaram as telas dos computadores. Para que o EAD decole é necessário que os educadores se familiarizem mais com as tecnologias e que os especialistas em internet e em todos os instrumentais relacionados a ela tenham maior contato com os avanços da área educacional. Enquanto não houver esse relacionamento de maior proximidade é nítido que demoraremos muito para realizar um uso mais pleno e enriquecedor das tecnologias na educação e, consequentemente, do EAD...

O uso nada pedagógico da internet e das tecnologias...

"A sala de aula está na internet, e com um repertório nada pedagógico. Gravada por câmeras digitais e telefones celulares, vira vídeo nas páginas do portal YouTube, ilustra blogs, fotologs, listas de discussão e comunidades do Orkut. E o que se vê em parte desse conteúdo digital dá nova dimensão ao debate em torno da violência nas escolas e dos conflitos na prática pedagógica. A um clique do mouse, ameaças, cenas de humilhação, ofensas e agressões morais a professores." (Ataque Virtual, artigo de Valéria Hartt, publicado na Revista Educação, Nº 121, Maio de 2007). Dando continuidade ao tema apresentado no post anterior trago a tona o trecho acima, retirado da Revista Educação, para ilustrar a necessidade de trabalharmos nas escolas o uso inteligente e responsável das ferramentas da tecnologia. Há, evidentemente, uma grande dificuldade no horizonte das escolas tendo em vista que os professores estão se apropriando dessas ferramentas com atraso em relação aos estudantes. Isso

A internet dos sacos de papel na cabeça...

"Atualmente queremos transparência em todas as instituições, mesmo nas privadas. Existe uma grande exceção - a internet. Ela é, nos dizem, uma gigantesca tribuna popular. De fato, existem milhões de pessoas expressando sua opinião em milhões de fóruns online. Mas a maioria delas usa o equivalente a sacos de papel na cabeça. Nós as conhecemos apenas pelos seus nomes de usuário da internet: gotalife (tenha uma vida), runningwithscissors (correndo com tesouras), s toptheplanet (parem o planeta) e uma miríade de outros nomes criativos." ( Sobre transparência e privacidade , artigo de Tom Grubisich, para o Washington Post , reproduzido pelo Estado de São Paulo , Caderno Link , 21/05/2007) Grubisich tem toda a razão ao afirmar que a internet é um dos poucos espaços ocupados pela humanidade em que, contrariando a tendência mundial, há uma clara e nítida intenção de esconder a cabeça debaixo da terra ao invés de apresentar as credenciais, os créditos, a identidade de quem apresent

Educação Infantil não é prioridade no Brasil

"O Brasil não vai conseguir cumprir as metas estabelecidas no Plano Nacional da Educação (PNE) para a educação infantil. Para atender ao que seria proposto, o país necessitaria elevar em 470% o número de crianças em creches até 2011, segundo estimativa do Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC)." (País não vai cumprir metas relativas ao nível infantil, de autoria de Simoni Iwasso e Andréa Portella, publicado em "O Estado de São Paulo", 20/05/2007) A Educação Infantil constitui, ao lado das séries iniciais do Ensino Fundamental (em especial do 1º ao 3º anos), a mais importante etapa de formação das crianças. Além da alfabetização que se inicia no 1º ano, os subsídios dados através das atividades desenvolvidas no trabalho educacional realizado nesses primeiros contatos das crianças com as escolas lhes permitem entrar em contato com o conhecimento sistematizado dentro de bases que a elas são acessíveis e fáceis de compreender. É nessa etapa da formação que iremos

O merecido sucesso de quem estuda

Reportagem publicada na Revista Veja, edição 2009, Ano 40, nº 20 - com o título "A Cultura do Sucesso", de autoria de Camila Antunes - traz a tona importantes e relevantes dados sobre o êxito obtido pelos estudantes de origem asiática nos exames de admissão nas melhores faculdades brasileiras e também no decorrer do ensino universitário. De acordo com a reportagem, que tem como base dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), "37% dos estudantes de origem asiática no Brasil concluem a universidade", percentual que é quatro vezes maior do que a média nacional. Dados obtidos a partir de pesquisa na USP (Universidade de São Paulo), indicam que os jovens de origem asiática ocupam 20% das vagas dos cursos mais concorridos naquela que é considerada a instituição universitária mais importante do país. Se levarmos em conta que os asiáticos representam menos de 0,5% do total da população nacional fica ainda mais expressiva essa conquista... Esses dados revelam

Considerações quanto ao uso da internet na escola

Indagado por uma reportagem sobre o uso da internet na escola, seguem abaixo algumas considerações que considero válidas para a utilização responsável dessa importante ferramenta tanto pelos alunos quanto pelos pesquisadores e educadores: 1- A internet é válida enquanto fonte de pesquisa desde que os sites e materiais obtidos apresentem referências, identificação e/ou qualificação dos autores e/ou que tenham vínculo com alguma instituição fidedigna. - Quando falo em instituição fidedigna refiro-me a universidades, institutos de pesquisa (IBGE, INEP, FGV, IPEA,...), jornais ou revistas de reconhecida credibilidade, portais educacionais, sites de busca acadêmicos,... 2- Qualquer trecho utilizado de obras da internet tem que ser identificados como referências. Os estudantes costumam se apropriar de idéias alheias sem que façam uma clara menção ao fato de que esses trechos são de autoria de outrem. 3- As obras utilizadas a partir da internet devem constar no final do trabalho como parte da

Leitura, base da cidadania

"Dora é professora aposentada. Vive sozinha em um pequeno apartamento de classe média no Rio de Janeiro. Como o dinheiro é insuficiente, escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Cobra R$ 1 pela redação e mais R$ 1 pelo envio. Via de regra, as histórias de vida que leva ao papel traduzem o desassosego e as esperanças de pessoas apartadas de suas famílias e de sua terra. E não resultam em comunicação, pois quase sempre terminam na lata do lixo. Ponto de partida de Central do Brasil (1998), filme de Walter Salles ganhador do Urso de Ouro em Berlim, a história de Dora (Fernanda Montenegro) e Josué (Vinicius de Oliveira), a quem ela socorre na busca pelo pai (...), espelha algumas questões centrais do acesso a leitura e ao letramento no Brasil." (Trecho do texto "Leitura - A grande travessia da Educação", Artigo de Rubem Barros, publicado na Revista Educação, nº 121, Maio de 2007) Quando assisti "Central do Brasil" pela primeira vez senti

Dia mundial da Internet... Mais considerações!

"A chegada dos laptops às salas de aula de um número imenso de escolas brasileiras traz ao país uma questão sobre a qual educadores do mundo todo estão debruçados: como fazer dos computadores, que abriram à humanidade uma nova dimensão de acesso às informações e à produção de conhecimento, um intrumento para transformar a velha escola, praticamente congelada no tempo desde o século XIX?" (Artigo "O Computador não educa, ensina", de Mônica Weinberg e Carlos Rydlewski, publicado pela Revista Veja, edição 2008 - Ano 40 - Nº 19 - 16 de Maio de 2007) A questão acima, publicada em reportagem da revista Veja, é muito pertinente e atual. A escola é uma das instituições mais conservadoras e arraigadas a tradições e práticas antiquadas de que se tem notícia na face da terra, em particular no Brasil. A adoção das novas tecnologias em sala de aula, projeto que está em andamento já há algum tempo em vários municípios e redes estaduais (além das redes privadas de ensino, que estã

Hoje é o dia mundial da Internet... Que tal refletir um pouco sobre isso?

"Este livro trata de caminhos que as pessoas estão descobrindo exatamente como meio de se tornarem menos reféns de estruturas antiquadas (instituições, tecnologias, estilos de vida, trabalho sem sentido, etc.) e ter uma vida mais cheia de significado. Não são caminhos prontos, mas em processo de construção, obra inovadora de indivíduos que não estão dispostos a resignar-se ao papel de espectador passivo da vida que transcorre. Mais e mais pessoas se descobrem como pioneiros que avançam em direção à nova fronteira: os tempos futuros. (...) Assim, como os pioneiros que descobriram novos mundos exteriores - Marco Polo, Colombo, Vasco da Gama - estes pioneiros arriscam mais do que a média da humanidade que prefere engordar, se intoxicando, corpo, mente e alma - de lixo, que mistura fast-food, reality shows, entretenimento de massa, consumismo, comodismo e conformismo." (Prefácio do livro "O Novo Mundo Digital - Você já está nele", de Ricardo Neves, Editora Relume Dumará

Menos bibliotecas nas escolas

De acordo com o Censo Escolar do Inep somente nos últimos 4 anos foram fechadas aproximadamente 3.600 bibliotecas que funcionavam nas escolas de educação básica do Brasil. E os estados das regiões Centro Oeste e, principalmente, do Sudeste - foram os grandes responsáveis por essa queda. Em todas as outras regiões a quantidade de bibliotecas nas escolas tem aumentado desde 1998. Somente no Sudeste a queda total foi de mais de 5 mil bibliotecas escolares, enquanto no Centro-Oeste do país foram fechadas pouco mais de 200 acervos de livros. A compensação desses números negativos aconteceu nas regiões Norte, Nordeste e Sul - onde cerca de 1600 novas bibliotecas escolares foram abertas. Permitir o acesso a cultura e a educação através das escolas é responsabilidade dos governos. O fechamento dessas bibliotecas demonstra o quanto existe de desprezo em relação as mesmas, por parte dos gestores da educação no país. Não há interesse real em consolidar uma educação esclarecedora, que gere cidad

Fraude com as carteirinhas de estudante

Comentei com amigos recentemente que não tenho mais ilusões quanto aos serviços públicos de nosso país, a percepção que tenho (assim como também a deles todos) é a de que a corrupção está impregnada em praticamente todos os departamentos e setores de atendimento de municípios, estados e também do governo federal. Recente pesquisa publicada pelo Estadão quanto aos desvios e desmandos do poder no Congresso Nacional, realizada junto aos próprios congressistas, para saber o que esses "notáveis" deputados ou senadores pensavam sobre o tema nos revelou que eles creditam a corrupção e os crimes associados a mesma, ao sistema que prevalece já há muitos anos tanto no Senado quanto na Câmara e que, em linhas gerais, eles nada ou pouco podem fazer para reverter o quadro... Se eles não podem, ao menos nós temos que nos conscientizar que podemos e que também devemos, caso contrário jamais sairemos desse atoleiro (financeiro, fiscal, econômico e principalmente ético e moral em que a nação

Blogs em educação exigem qualidade e preparo

A utilização dos blogs como ferramentas de apoio ao trabalho que realizamos nas escolas demandam por parte dos educadores que estejam realmente preparados para essa tarefa. Há muitos pontos positivos que nos levam a crer que a facilidade através da qual conseguimos estruturar uma página e inserir idéias, conceitos, pensamentos, orientações, imagens e atividades na rede mundial de computadores seduz e fascina professores brasileiros e de todas as nacionalidades. Isso não é apenas privilégio dos educadores, aplica-se também a profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. Há blogs de economistas, administradores, presidentes de empresas, banqueiros, engenheiros, médicos, advogados,... E isso é salutar para a internet e para o mundo em geral. Contar com a palavra de profissionais especializados, que se dispõem a criar canais de comunicação com o mundo pela internet, em que falam sobre suas experiências pessoais e profissionais pode ajudar muito a criar redes de apoio, auxílio, in

Código de Civilidade para o Espaço Virtual

O advento dos computadores e da rede mundial de computadores modificou por completo a forma como os homens se relacionam com o mundo em que vivem. E essa afirmação é válida tanto para as relações pessoais quanto para as profissionais. Há pessoas que se conhecem pela Internet e chegam até mesmo a namorar e se casar. Grandes negócios são realizados a partir da comunicação que se estabelece entre empreendedores de diferentes países que estão usando como plataforma de comunicação e troca de dados somente seus computadores. No entanto, ao mesmo tempo em que benefícios são computados aos ganhos que nos foram trazidos pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), também estamos vivendo algumas situações de dificuldade nesse interim. Uma delas, de importante dimensão para o universo virtual e seus usuários, relaciona-se a questão dos limites éticos que as pessoas devem ter ao utilizar os recursos e ferramentas disponibilizados através da Web. No último dia 13 de Maio de 2007, ao ler

Você é criativo?

"O (sujeito) criador se sobressai em termos de personalidade, temperamento e ponto de vista. Está constantemente descontente com os padrões mais comuns. Nada em direções pouco conhecidas e gosta, ou pelo menos aceita o fato de ser diferente da multidão. Quando surge alguma coisa anormal (...), ele não recua diante da surpresa. Quer entender e determinar se constitui um erro trivial, um acaso raro ou uma importante, mas até agora desconhecida, verdade. Ele é confiante e resoluto. Há uma razão para que tantos criadores famosos odeiem ou larguem a escola - eles não gostam de marchar na cadência dos outros... (GARDNER, Howard. A Mente Criativa . Revista Época Negócios, nº2, Abril de 2007) Você é criativo? Se a resposta é afirmativa, como poderia comprovar sua colocação? O que torna o seu trabalho criativo? De que forma se expressa essa característica em sua vida pessoal e profissional? Você concorda com Gardner quando ele afirma que as pessoas criativas (ou criadores como ele os cham

Receita de Sucesso

"Quando você está preso à atitude que o ajudou a vencer, fica difícil até imaginar as profundas mudanças que talvez tenha de enfrentar. Mas se praticar a mudança, se mantiver viva a sua capacidade de mudar, se usá-la em vez de perdê-la, então você estará pronto para a mudança, quando ela for realmente necessária." (Receita de Inovação, trecho do livro 'Mude ou Morra' de Alan Deutschman, disponibilizado em artigo da revista "Época Negócios", nº3, Maio de 2007) Li o artigo "Receita de Inovação" de olho em material que pudesse utilizar em sala de aula, durante os encontros que tenho com as turmas de gastronomia com as quais trabalho no Senac de Campos do Jordão. Traz a história de Daniel Bouloud, proprietário e chef de três dos mais badalados e respeitados restaurantes de Nova Iorque. Um deles, o "Daniel" é considerado já há alguns anos como o melhor estabelecimento gastronômico da Big Apple e é o único da cidade que tem o máximo de estrela

Direitos e Deveres em Educação

Duas outras importantes ponderações de Gustavo Ioschpe para pensarmos a educação pública em nosso país: "A escola tem mesmo é que ter foco na retenção de bons professores e paparicá-los, pois estes têm grande propensão de irem para outras áreas." "Quando há a necessidade de prestar contas, a gestão melhora. Por isso o sistema educacional privado é bom, pois os pais exigem resultados." Quanto a primeira afirmação, que a princípio dispensaria maiores comentários, vale destacar que nosso país não considera realmente que educação seja prioridade (a não ser em períodos eleitorais) e que o incentivo aos professores demanda não apenas salários (muito) melhores do que aqueles que temos nesse presente momento, mas também todos os benefícios trabalhistas que a classe merece e que tantas vezes não são dados a esses profissionais. Ganhar mais é importante, mas valorização demanda reconhecimento pelo trabalho e pede, da mesma maneira, fiscalização e cobrança. O que realmente a

Prioridade número 1: A alfabetização e as séries iniciais do Fundamental

"Em relação ao educador, o especialista acredita que os melhores professores devem ser inclusos nas áreas mais difíceis de ensino, como na alfabetização, por exemplo. 'Colocar professor iniciante na 1ª série é totalmente equivocado, pois é a série mais importante. Quanto menos experiência por parte do professor, mais dificuldades ele e seus alunos vão ter', justificou Iochspe." (Teatro, piscina e lousa interativa são inócuas para aprendizado - Karine Costa, Site Aprendiz) Reitero o que foi dito por Ioschpe no Congresso Educar Educador e afirmo que esse tem sido também o meu pensamento desde que ingressei pela primeira vez numa escola para atuar como professor. Dava aulas para turmas de 7ª e 8ª séries (atualmente a nomenclatura para esse nível é 8º e 9º anos do Ensino Fundamental) e também para o Ensino Médio e me cansei de ver os embates entre os professores dos diferentes níveis por conta do status profissional mais elevado que os especialistas sempre consideraram te

Recursos para melhorar a educação? Quais?

"'Melhorar a educação é investir naquilo que realmente funciona. Ultimamente tem se insistido em vários projetos que não dão resultados, enquanto existem coisas comuns, que dão certo', acredita o consultor do Ministério da Educação (MEC), Gustavo Ioschpe, que participou do Congresso Educar Educador, em São Paulo (SP). Segundo o especialista, pesquisas nacionais e internacionais comprovam que investir em curso de treinamento para professores, reduzir o número de alunos por sala de aula, aumentar salário de professor e garantir maior investimento financeiro em educação, trazem resultados estatisticamente insignificantes." (Teatro, piscina e lousa interativa são inócuas para aprendizado - Karine Costa, Site Aprendiz) Investimentos em educação devem fazer parte de planejamentos a médio e longo prazo. Todo e qualquer projeto respeitável na área demanda estudo e rumos claramente definidos antes de sua implementação. Gustavo Ioschpe afirma e tem razão ao ressaltar que medid

O futuro que estamos escrevendo para o Brasil...

"Apesar do sucesso internacional de algumas de suas companhias, o Brasil ainda é um gigante meio sonolento e com pouca imaginação. Ao menos é o que sugere o placar de um levantamento realizado pelo Insead. A escola de negócios francesa colocou o país no 40º lugar do ranking dos países mais inovadores, atrás de nações minúsculas como a Estônia, o Kuwait, a República Tcheca, a Hungria e Portugal, que possuem economias que, somadas, atingem pouco mais da metade do tamanho da brasileira. (...) O que emperra a inovação no Brasil? De acordo com o relatório, as empresas brasileiras são prejudicadas pela corrupção, pela fragilidade do sistema legal e pelo descaso com a produção intelectual..." ( Estamos distantes dos mais inovadores , Revista Época Negócios, nº3, Maio de 2007) O futuro se escreve hoje. Estamos diante de perspectivas pouco ou nada animadoras como se vê. O Brasil é um país que se condena ao ostracismo e isso parece estar se tornando irreversível com o passar do tempo

Escrever com qualidade

Para a produção de um texto qualificado são necessárias algumas precauções e cuidados com os seguintes aspectos: Ortografia, Concordância Verbal, Concordância Nominal, Pontuação e Acentuação, Riqueza de Vocabulário, Clareza de Idéias e Vocabulário Técnico. Nesse sentido tenha sempre ao seu lado um dicionário da língua portuguesa, um dicionário técnico da área em estudos e, se possível, uma gramática da língua portuguesa. Depois de redigir o texto procure o apoio de um profissional que possa fazer a revisão do texto, esse trabalho confere ao seu texto a credibilidade necessária perante os leitores e os especialistas que o examinarem. Produzir bons textos também demanda paixão pelo conhecimento. Demanda uma relação intensa, profunda e calorosa com as palavras e a literatura. Não é possível atingir bons resultados quando se escreve se estamos simplesmente cumprindo tarefas a respeito das quais não refletimos ou somente porque "temos que entregar para obter notas ou passar de ano na

Falar (bem) e fazer (ainda melhor)

"O filósofo Montaigne (1533-1592) dedicou linhas brilhantes ao assunto em seus Ensaios. Montaigne conta duas histórias instrutivas e divertidas. Numa delas os embaixadores de uma cidade grega tentavam convencer o rei de Esparta a aderir a um esforço de guerra. O espartano deixou-os falar longamente. Depois, disse: 'Não lembro do começo nem do meio da argumentação de vocês. Quanto a conclusão, simplesmente não me interessa'. Na outra história, dois arquitetos atenienses disputavam a honra de construir um grande edifício. A platéia à qual cabia a escolha ouviu um extenso discurso do primeiro arquiteto. As pessoas já se inclinavam por ele quanto o segundo disse apenas: 'Senhores atenienses, o que este acaba de dizer eu vou fazer'". (Simplicidade Poderosa, artigo de Paulo Nogueira, Revista Época Negócios, nº3, Maio de 2007) Há duas importantíssimas lições nas histórias contadas acima pelo filósofo Montaigne, a primeira diz respeito a necessidade de sermos mais c

As lições de um grande mestre (III)

"Hoje já não me interesso por ensinar o que sei e nem por ensinar o que não sei. Hoje vivo um novo amor: desejo ensinar os meus sonhos. 'Deus quer. O homem sonha. A obra nasce.": assim escreveu Fernando Pessoa." (Rubem Alves, em sua coluna Aula Aberta, da revista Educação, Ano 9, Nº 97, Maio de 2005) Estou chegando aos 40 anos (em Agosto) e acho que a velocidade do mundo em que vivemos me faz viver um pouco das três lições dadas pelo mestre Rubem Alves nesse artigo. Quero ensinar o que está na minha "caixa de ferramentas", também tento explicar o que ainda não sei (mas que, através da intuição, acredito entender) e ainda navego em meus sonhos tentando a todo o momento transformá-los em realidade também através das minhas palavras, aulas, textos, estudos,... Atropelado pela globalização e pelo inclemente ritmo do mundo atual, as vezes me confundo e já nem sei ao certo o que sou... Não deixo jamais de saber quem sou e porque estou aqui... Mas se sou historia

As lições de um grande mestre (II)

"Aí fiquei mais velho. Procurei então ensinar coisas que eu não sabia. Eu não as sabia, mas tinha intuição dos caminhos que poderiam levar a elas. Uma das funções mais importantes do educador é encorajar o aluno a ter a ousadia de trilhar caminhos desconhecidos. Nos caminhos desconhecidos não há certezas. Freqüentemente eles não levam a nada e é necessário voltar atrás e começar de novo. (...) Todos os que se aventuram por esse caminhos desconhecidos correm esse risco. Riscos só não há nos caminhos velhos." (Rubem Alves, em sua coluna Aula Aberta, da revista Educação, Ano 9, Nº 97, Maio de 2005) Temos também que ter ousadia. Desbravar novos caminhos. Aqueles que ainda nos são desconhecidos e que nos causam um pouco (ou muito) medo. Veja o caso das tecnologias ou da interdisciplinaridade nas escolas... Quem realmente está indo a fundo? E quando falo em aprofundamento refiro-me a necessidade de estudar, compreender, planejar, implementar, errar e acertar... Rubem Alves, esse g