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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

O Pontífice Negro

A fumaça branca começou a sair. O sinal que o mundo esperava após alguns dias de conclave finalmente fora emitido. Os cardeais tinham se decidido e o novo papa seria conhecido. A população e a imprensa se apinhavam no Vaticano. As redes de televisão, que durante todo o período da reunião de cardeais que decidiria quem substituiria o papa que renunciara a mais alta posição na hierarquia da igreja, finalmente poderiam transmitir ao vivo a notícia para todo o mundo.  Cogitaram-se vários nomes. As especulações foram tantas que até bolsas de apostas lucraram com isso. O novo papa seria europeu? Teríamos alguma surpresa, quem sabe com algum latino-americano atingindo a hierarquia máxima da Igreja Católica? Especulava-se que pela primeira vez na história o pontífice poderia ser africano ou asiático. Os estudiosos, no entanto, acreditavam que o conservadorismo dos votantes os levaria a escolher novamente um italiano. A origem do papa, para muitos, não era um fator preponderante

Argo (2011/EUA), de Ben Affleck

Vencedor de 2 Globos de Ouro, Indicado a 6 Oscars, e vencedor do prêmio de melhor filme do ano, o filme "Argo", de Ben  Affleck,  abre o espaço Vithais Cinema, confira vídeo e texto. Apresentação: João Luís de Almeida Machado Direção e Filmagem: João Vitor de Almeida e Silva Machado Edição: João Vitor de A. S. Machado e João Luís de A. Machado Poster do filme "Argo", de Ben Affleck Durante décadas os Estados Unidos teve no comando do Irã um grande aliado, o Xá Reza Pahlevi. Desde sua ascensão, nos anos 1950, até a sua expulsão do país onde um dia estava estabelecida a Pérsia, Pahlevi se mostrara fiel aos americanos, adepto de conceitos e padrões da cultura ocidental e garantia ao mundo o petróleo tão necessário para movimentar a economia a preços bastante interessantes as empresas do setor. Como todo ditador, no exercício tirânico de seu poder, cometeu abusos contra seu povo, utilizou recursos da nação para viver como um rei da antiguidade e per

Em busca de qualidade de vida? Mas o que é isso?

Creio que todas as pessoas que conheço perseguem, de algum modo, aquilo que chamam de Qualidade de Vida. Algumas associam ao lugar onde vivem ou gostariam de viver e, neste caso, as preferências variam bastante, da praia a montanha, de lugares tranquilos a cidades grandes.  Há aqueles que relacionam esta idéia ao emprego, a profissão, ao trabalho. Pensam em quantas horas diariamente dedicamos a labuta diária e imaginam que para ter qualidade de vida é preciso ter um bom trabalho, no qual se sintam bem, tendo real prazer naquilo que fazem e, ainda, de preferência, sendo bem remunerados e contando com benefícios variados.  É comum também que saibamos de pessoas que pensam que para suas vidas serem de qualidade é preciso ter uma conta bancária saudável. Dinheiro ameniza as dores nos momentos difíceis e torna mais doce e tranquilo o cotidiano, legando ao dono o conforto que lhe acomoda dia após dia.  Neste interim, alguns pensam não no dinheiro, mas nos bens materiais que

Nenhuma paixão pode sobrepor a vida humana

Dia de festa. Final da Copa dos Campeões na Europa. Os italianos da Juventus iriam enfrentar os ingleses do Liverpool. Estádio lotado. Estávamos no mês de maio de 1985. O que era para ser um grande espetáculo futebolístico se transformou, porém, numa das maiores tragédias da história do futebol. Os Hooligans ingleses, alcoolizados e violentos, promoveram uma verdadeira batalha e arruinaram o cenário que deveria ser palco de um grande jogo. Ao final do episódio marcado por agressões e quebra-quebra o saldo foi de 38 mortos e de muitos feridos. A UEFA, entidade responsável pelos torneios europeus, entendeu (assim como toda a opinião pública) que a Tragédia de Heysel, como ficou conhecido este fato em virtude do nome do estádio, localizado na Bélgica, foi causada pelos torcedores ingleses e tomou medidas drásticas contra as equipes daquele país. Clubes da Inglaterra foram banidos das competições continentais européias por 5 anos.  Em 1989, alguns anos depois do ocorrido, novo fat

O Google Glass chegou ao mercado: Não podemos perder o foco

Sergey Brin, um dos fundadores do Google, em apresentação do Google Glass. Pela bagatela de 1,5 mil dólares você pode ser uma das pessoas que irão ter os primeiros óculos inteligentes criados pelo Google. Com eles é possível, por exemplo, tirar fotos e gravar em vídeo as imagens que estão diante de seus olhos, como por exemplo uma palestra ou seus filhos a brincar no jardim de sua casa. Informações sobre os arredores, dados sobre estabelecimentos comerciais, indicações de horários de metrô ou ônibus e buscas no próprio Google são outras possibilidades que estão a surgir com este novo recurso. Tudo acionado pela voz do usuário. Inicialmente o produto está em pré-venda somente nos Estados Unidos e limitado as cidades de Nova Iorque, Los Angeles e San Francisco. Além disso o comprador ainda assume alguns compromissos relacionados a postagem de imagens e informações sobre o uso dos óculos do Google através das redes sociais da empresa. Como qualquer produto diferenciado, n

A utopia do mundo perfeito em que errar não é permitido

Veja – Existe uma fórmula para evitar que os filhos sigam por um caminho errado? Jean Pierre Lebrun – É preciso ensiná-los a falhar. Uma coisa certa na vida é que as crianças vão falhar, não há como ser diferente. Quando os pais, a família e a sociedade dizem o tempo todo que é preciso conseguir, conseguir, conseguir, massacram os filhos. É inescapável errar. Todo mundo, em algum momento, vai passar por isso. Aprender a lidar com o fracasso evita que ele se torne algo destrutivo. Às vezes é preciso lembrar coisas muito simples que as pessoas parecem ter esquecido completamente. Estamos como que dopados. Os pais sabem que as crianças não ficarão com eles a vida inteira, que não vão conseguir tudo o que sonharam, que vão estabelecer ligações sociais e afetivas que, por vezes, lhes farão mal, mas tentam agir como se não soubessem disso. Hoje os filhos se tornaram um indicador do sucesso dos pais. Isso é perigoso, porque cada um tem a sua vida. Não é justo que, além de carregarem o peso

Lições de um grande campeão do esporte: Michael Jordan

‎"Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer" (Michael Jordan)   "Eu posso aceitar a falha, todos falham em alguma coisa. Mas eu não posso aceitar não tentar" (Michael Jordan) As idéias abaixo foram extraídas do livro "Nunca deixe de tentar" de Michael Jordan, um dos maiores esportistas de todos os tempos e, certamente, para muitos (entre os quais me incluo) o maior jogador de basquete que já vi em quadras (admiro muito também o nosso campeoníssimo Oscar Schmidt). Principal Objetivo: • Meu principal objetivo sempre foi me tornar o melhor, mas, ao me aproximar de cada meta, fazia isso passo a passo. • Quando fala em se tornar o melhor, Michael Jordan trata da busca pela excelência. Desenvolver ao máximo seu potencial sem se comparar com os outros é, em sua visão, o caminho a ser seguido. Metas: • Sempre procurei fixar metas de curto prazo. Ao olhar para trás, pude ver como cada

Tecnologia Educacional: Conceito, características e perspectivas

Tecnologias educacionais são os recursos criados (ou não) para as finalidades de ensino e aprendizagem que, adaptados as necessidades do espaço de formação, compartilhamento e ensejo a ciência e ao conhecimento, com finalidades de ensino, preparação e adequação a vida em todas as suas esferas, permitem aos educadores tornar ainda melhor, mais fácil, rápida e efetiva a educação.  Configuram-se em formatos diferenciados, que abrangem desde lápis, cadernos e livros até as tecnologias de informação e comunicação, como computadores, internet, tablets, games educacionais, e-books, vídeos, celulares…  Qualquer tecnologia a ser incorporada a sala de aula precisa, no entanto, ser pensada dentro do âmbito da educação, ou seja, imaginada, proposta, testada e avaliada no contexto específico em que atuam professores e alunos. Há, no mundo de hoje, inúmeras ações relacionadas as tecnologias de informação e comunicação aplicadas a educação acontecendo. Os caminhos que indicam para n

A Geração Digital e seu dilema: Quando desligar?

"Minha geração passou 24 horas por semana olhando para uma televisão. Hoje jovens gastam uma quantidade de tempo equivalente com as tecnologias digitais, mas como usuários, organizadores, atores, colaboradores”.  “ “Para os adolescentes de hoje, fazer o dever de casa é um evento social que conta com a colaboração de SMS e do Facebook, enquanto o iPod toca ao fundo”. “O principal interesse da geração conectada não é a tecnologia, mas o que pode ser feito com ela. Eles são inteligentes, têm grandes valores, sabem como usar ferramentas de colaboração e estão preparados para lidar com muitos dos grandes desafios e problemas que a minha geração está deixando como herança”. As frases acima são de autoria de Don Tapscott, autor dos best-sellers "Geração Digital", "Wikinomics", "A hora da geração digital" e "MacroWikinomics", obras referenciais para quem quer entender o mundo conectado em que estamos vivendo hoje em dia. Tapscot

Pais superprotetores e as consequências disso para a vida das crianças

1. Qual a importância da proteção dos pais no desenvolvimento da criança? Por que a criança não deve ficar totalmente "solta" no mundo?  JL – Há duas importantes situações a serem pensadas quanto ao assunto. A primeira refere-se ao fato de que a proteção, o acompanhamento ou o monitoramento da vida das crianças pelos pais tornou-se uma necessidade, em virtude do crescimento estatisticamente comprovado dos casos de violência em nosso país (e em várias partes do mundo). Ações comuns das crianças de antigamente, como, por exemplo, jogar bola, brincar de esconde-esconde, ir à casa de colegas que moram na vizinhança, entre outras, tornaram-se menos regulares, por conta do receio dos pais de que, no meio do caminho, possa acontecer alguma coisa, uma agressão, uma violência sexual, um sequestro... Ocorre também que, por conta da violência e do medo dos pais de exporem seus filhos a situações de risco, surge no cenário das famílias a superproteção e, com isso, a criação de r

As tecnologias e a nova relação com o saber

Saber o quê? Saber por quê? Saber para quê? Vivemos na Sociedade da Informação. Adentramos a Era das Tecnologias de Informação e Comunicação. Mas ainda mal respondemos as perguntas que abrem esta reflexão. Dúvidas que acompanham a humanidade desde os primórdios.  Informação é poder dizem alguns. Conhecimento é a chave para o progresso. A maior riqueza da humanidade está na Ciência. E ainda assim, num período como aquele que vivemos, não há certezas quanto a qual tipo de conhecimento é realmente valioso. Há pessoas que pensam que agrega valor o saber que gera ganhos em moeda sonante. Outros dizem que conhecimento que vale ouro é aquele que nos conduz a uma vida mais ímpia, feliz, saudável. Existem ainda grupos de indivíduos que pregam que só há riqueza num conhecimento que ao ser colocado em uso gera ganhos coletivos e não apenas individuais...  Como você pensa? Já parou para responder estas perguntas ou ao menos se deu algum tempo para pensar nas mesmas? Ante