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Mostrando postagens de maio, 2012

Serviço de atendimento telefônico automático ao cliente

- Alô... - Bem-vindo ao serviço de atendimento ao cliente da empresa XYZ, para iniciar seu atendimento digite o número de seu CPF ou código de cliente. - Mas eu só queria... - Se deseja que a mensagem anterior seja repetida, clique 1.  - Deixa ver... Acho melhor o CPF, vamos lá: 078.963.000-99 (digita no teclado do telefone celular). - Não foi possível realizar a identificação do código, por favor clique 1 se quiser tentar novamente e clique 2 se quiser sair deste atendimento.  Ele rapidamente clica o número 1. - Agora estou preparado... [Digita rapidamente o número do CPF e, na pressa, erra um dos números]. - O número digitado não confere com nossos registros. Por favor, clique 1 se quiser reiniciar o processo... Volta a clicar o número 1, já perdendo um pouco a paciência, mas recomeça e desta vez consegue inserir o número do CPF. - Bem-vindo ao serviço de atendimento ao cliente da empresa. Anote o número do protocolo deste atendimento: 0

Seu filho ou filha está no Facebook? Como proceder?

Seu filho ou filha está no Facebook? Caso a resposta seja afirmativa, você consegue saber ao certo o que ele faz por lá? Caso você demonstre dúvida, é preciso saber, se informar diretamente com ele e, se possível, conectar-se para verificar como andam as coisas por lá, no próprio Facebook, relativamente a seu filho ou filha. Para iniciar a conversa, basta saber que o Facebook, como todas as redes sociais, permitem a participação apenas de maiores de 18 anos. É claro que isso já foi burlado milhões de vezes, no Brasil e pelo mundo afora, como se fazia antigamente (e mesmo hoje em dia) com carteirinhas de cinema, colocando-se idade superior a que de fato tem a pessoa. Parece totalmente singelo, mas não é mesmo, trata-se de falsidade ideológica, ou seja, passa-se por aquilo que não condiz com a realidade dos fatos. Seria então interessante comprar a briga para que ele tire sua conta do Facebook (ou de outras redes sociais, como o Twitter ou o Orkut)? Não recomendo, a não ser

Entrevista sobre a arte do Grafite nas Escolas concedida ao Jornal O Vale

Exemplo de arte em Grafite, tematizado a partir de obras de Tarsila do Amaral,  desenvolvido na Escola Estadual Governador Mario Covas, cidade paulista de Monte Mor. Entrevista concedida ao repórter João Pedro Teles, do jornal "O Vale", de São José dos Campos e região, publicada no caderno Educação com o título "Grafite agora ajuda o ensino", em 13 de maio de 2012. 1 - Quais características do grafite como expressão artística fazem dele um objeto de estudo interessante para a sala de aula?  João Luís - O Grafite remonta, historicamente, as primeiras manifestações artísticas dos seres humanos, ou seja, as pinturas rupestres. Não utilizamos os mesmos materiais e técnicas, é claro, tudo e mais sofisticado, mas prevalece a ideia de um painel grande, de exposição para todas as pessoas que passem ao largo daquela parede ou muro e, por conta disso, é possível fazer esta aproximação. Historicamente já há esta conexão e, no aspecto artístico, as possibilid

A Política: Participar diretamente ou não? Eis a questão...

Alguns amigos têm frequentemente falado comigo a respeito de meu ingresso e atuação em política. Gostariam de me ver disputando cargos eletivos em minha cidade natal, Caçapava, no Vale do Paraíba paulista. Na realidade estas sugestões ou mesmo cobranças surgiram já há alguns anos atrás, quando a diretora da escola onde lecionei por mais de 15 anos, que era então vereadora no município, numa breve conversa que teve comigo disse que esperava meu ingresso na vida pública, participando de eleições. Ressaltou que seria importante pois precisávamos de pessoas que tivessem idoneidade, um histórico de boas realizações, caráter, índole, conhecimento... Na época, como hoje, fiquei lisonjeado, é claro, e agradeci a recomendação. Ontem, como hoje, pus-me a pensar sobre o assunto. Tanto lá como cá, as pessoas afirmam que reina na política, infelizmente, a corrupção, os desmandos, os abusos de poder, o legislar em causa própria, os aumentos de salários e comissões em benefício de si mesmo,

O "Caviar" do Vale do Paraíba

Confesso que, apesar de valeparaibano de origem, tendo nascido em Caçapava, demorei algumas décadas para provar o que Monteiro Lobato chamou de "Caviar do Vale do Paraíba". Fui instado a provar, quase como uma provocação mesmo, da parte de alunos e familiares, quando lecionava história da gastronomia no Centro Universitário Senac, em Campos do Jordão. Como muitas pessoas, até realmente provar o prato, sentia uma certa repulsa a ideia de consumir um inseto... Mas não foi nas instalações da universidade que fiz a prova deste acepipe tradicional de minha região natal. Fui experimentar mesmo é na casa da sogra, que de sogra mesmo não tem nada, é verdadeira mãe para todos lá de casa.  A temporada de caça a Içá, a formiga alada que como uma autêntica parente da tanajura tem uma bundinha saliente e rechonchuda a se destacar em sua anatomia, estava a pleno vapor. Meninos nas ruas da cidade ofereciam a matéria prima vendendo em latas, por peso ou por embalagem mesmo. Tend

A abolição da escola

Reunidos num grande salão de convenções estavam representantes de todos os países. Já estavam discutindo esse assunto e deliberando sobre o tema há meses. Estes estudos, por sua vez, eram resultado de demandas que pareciam ser muito imediatas, a todo o momento requisitadas através da mídia, com cobranças insistentes de setores da sociedade. Não havia um real clamor popular por isso, tudo era muito segmentado, ainda assim os grupos que comandavam a pressão eram poderosos pois controlavam jornais, televisão, rádio e, principalmente, a web. Nesta reunião da União Mundial das Nações Reunidas, o que se discutia era a abolição das escolas. E o projeto foi então encaminhado para votação. Entre as pouco mais de 200 nações que ali estavam representadas, cerca de 72% votaram a favor, 25% se posicionaram contra e 3% dos participantes ficaram, literalmente, em cima do muro e se abstiveram. No dia seguinte os jornais do mundo inteiro estamparam em manchetes: "O fim da escola"

A educação prepara para a vida, mas que vida é essa?

A escola deve preparar as crianças e os adolescentes para a vida. O mundo lá fora é competitivo, sendo assim é preciso que a escola demonstre que esta realidade deve não apenas ser conhecida, mas também que é necessário estar pronto para enfrentar a concorrência. Os sistemas de avaliação e rankings vigentes na educação mundial de certo modo antecipam tudo aquilo que irá acontecer quando os alunos forem para o mercado de trabalho. Todas estas são falas que escuto, com frequência, de educadores antenados com o mundo lá fora. A globalização mudou a forma como nos relacionamos de modo radical e pede que estejamos totalmente preparados para tudo o que pudermos prever e até mesmo para aquilo que é imprevisível. Criou-se um ambiente de competição extrema e chegar nas primeiras posições não é apenas uma meta, é uma demanda. Pensando nisso surge a questão: Preparar para a vida, para a competição, para o mundo globalizado... É o que realmente queremos para nossos filhos e netos? Ou

Juiz ladrão...

A mãe do juiz é uma das mais amaldiçoadas pessoas da face da Terra independentemente da qualidade do trabalho realizado por seu filho. Raras são as ocasiões em que o juiz de um jogo de futebol consegue sair de campo sem que sua performance seja criticada por alguém. Sempre há alguém insatisfeito com o resultado do jogo a buscar no árbitro as razões de seu insucesso.  Não que os homens de preto (ou de amarelo, rosa, laranja e outras cores utilizadas pelas federações de futebol nos dias de hoje) não mereçam muitas das críticas a eles dirigidas, não é isso. Há juízes que pecam pela incompetência técnica, por erros de interpretação ou ainda por problemas físicos (faltam-lhe pernas para acompanhar de perto as jogadas ou apresentam problemas na visão e não conseguem ver o que todo mundo viu, no estádio ou na televisão). Existem também aqueles que intencionalmente interferem no resultado, movidos por bolsas de apostas, propinas ou simplesmente porque assim o desejam (por rusgas e bri