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Mostrando postagens de maio, 2010

Família e Escola: Aparando arestas e trabalhando em conjunto

Reproduzo a seguir alguns questionamentos que surgiram em minha página Formspring acerca da relação entre família e escola, pais e professores, para que com esta socialização, mais pessoas possam participar da discussão, trocar ideias e auxiliar em relação as dúvidas apresentadas. 1- O que fazer com a intromissão excessiva dos pais na escola? JL - Tente ver de outra forma, transformar o que pode ser excessivo em algo positivo, como maior interesse pelo aluno, escola, educação... Procure fazer com que os pais, preocupados como estão com o rendimento escolar dos filhos, se tornem aliados da escola e da garotada. Essa preocupação ou mesmo intromissão excessiva pode ser transformada, a partir do diálogo, em ações práticas no âmbito doméstico, de acompanhamento, orientação, suporte e até mesmo demonstração de preocupação que mostra para o aluno que para os pais a educação é importante e que, certamente, eles são muitíssimo importantes para pai e mãe. No final das contas, todos têm um mesmo

Stress...

P arecia até sair fumaça da cabeça dela. E olhe que ela não estava naqueles dias, mas certamente era visível que a fúria havia tomado seu ser. Nestas situações eu sempre ficava pensando o que fazer? Na verdade o primeiro impulso era encontrar a porta de saída mais próxima e, discretamente, dar no pé... Depois, quando a situação estivesse um pouco mais tranquila, dissimuladamente, voltaria e diria que a natureza havia me chamado ou que recebera uma ligação urgente pelo celular... Ao que, certamente ela diria, no caso da resposta sobre o celular: "Como, se nem ao menos ouvi seu telefone tocar?" E eu lhe prontamente responderia que o aparelho estava em modo silencioso para abrandar. Se algum resquício ainda existisse daquele stress todo no ar, outras perguntas viriam, uma em cima da outra, para sufocar mesmo e, ao final, descobrir se a história que lhe contara era verdade ou não. De qualquer modo, o mal do século não era privilégio dela. Era apenas mais uma vítima, tomada de súb

Seja educado, você só tem a ganhar!

A prendi desde cedo, em casa mesmo, onde estas coisas devem ser ensinadas pelo exemplo dos pais e também por suas palavras, que educação no tratamento com as pessoas é uma riqueza de inestimável valor. Trate bem ao seu próximo que, certamente, em contrapartida, você terá semelhante resposta. E como tal ganho não pode e nem deve ficar guardado apenas para nós, sempre lembro meus filhos e todas as pessoas com as quais convivo, entre as quais meus alunos, que a cortesia e a gentileza, a educação e o fino trato só abrem portas. Em contrapartida, a grosseria e qualquer tipo de atitude assemelhada acabam gerando em nossos interlocutores aquela vontade de não nos encontrar no caminho, de desviar de rota, de fingir que não viu e, mesmo, de evitar a qualquer custo a presença de pessoas que assim agem em suas cercanias. Não devemos com isso, reprimir nossas tristezas, dores e amarguras, que nos fazem, por vezes, incapazes de sorrir, de mostrar grande disposição e mesmo toda a boa vontade que as

Você é escravo do celular?

Primeiramente gostaria de esclarecer que sou usuário de telefones celulares desde que esta novidade tornou-se disponível no Brasil a preços acessíveis. Sendo assim, não estou entre os primeiros usuários da telefonia celular por conta dos preços proibitivos cobrados então, nos anos 1990, justamente porque não tinha condições para tal. Ao afirmar que sou mais um entre milhões de brasileiros que utilizam este recurso quero, com isso, deixar claro que não estou fazendo campanha contra tal dispositivo, mas apenas propondo uma breve reflexão sobre o mesmo. Ontem, por exemplo, estava apresentando uma palestra na faculdade em que leciono atualmente, na reunião de duas turmas de estudantes universitários, vinculados a cursos de administração e ciências contábeis, no município de São José dos Campos (SP), quando no meio do trabalho que estava a realizar tocou o celular de um dos presentes. Fiz questão de parar e me silenciar. Olhei para o público já prontamente identificando no auditório a pesso

Os palavrões nossos de cada dia...

  Li recentemente texto de autoria do grande historiador inglês Eric Hobsbawn, a quem recomendo como fonte essencial para a compreensão mais ampla do mundo em que vivemos,  e uma informação me chamou bastante a atenção, a saber: Segundo Hobsbawn, verbetes como "porra", "merda", "puta" e "fuck you" (do inglês: foda-se), se popularizaram mundialmente a partir dos anos 1960. Algumas dessas palavras, tão corriqueiras hoje em dia, parecendo mesmo com doce na boca de crianças de tão popularizadas, nem mesmo apareciam em dicionários da língua inglesa antes da referida década. Hobsbawn menciona que após os anos 1960 iniciamos um aparente retrocesso quanto a civilidade que havia se instaurado no mundo depois da Idade Média. A superação do comportamento rude, grosseiro, viril e, as vezes até mesmo agressivo e violento que imperava nos feudos europeus se deu em virtude dos vários movimentos ocorridos no mundo a partir da Idade Moderna, como a propagação da

Romanos, europeus, norte-americanos e nossa identidade cultural...

Somos aproximadamente 200 milhões de brasileiros. Descendentes de uma grande variedade de povos, com especial ênfase nos portugueses, africanos e indígenas que por aqui viviam. A nossas raízes ainda se misturaram um grupo considerável de imigrantes italianos, alemães, japoneses, espanhóis...  E deu no que deu, ou seja, num povo único, diferenciado até mesmo de los hermanos latino-americanos por conta destas particularidades étnicas tão mescladas. Particularmente sempre senti uma satisfação, meio que orgulho, de pertencer a um país tão único como o nosso, mas não posso deixar de reconhecer que, em maior ou menor escala, também nos tornamos "herdeiros", ou seria melhor dizer "reféns" de tradições culturais que nos foram impostas, desde tempos imemoriais (como a antiguidade e nossas ligações com gregos e, principalmente, romanos), passando pelos "legados" europeus e, mais recentemente, "agregando" práticas e saberes dos norte-americanos. É, falo não

Vil Metal

O sonho de Marcos era ser rico. Pessoa de origens humildes, família de trabalhadores rurais que não tiveram condições de estudar, mas que entenderam desde cedo o valor da educação, aproveitou as oportunidades que teve para crescer. Foi para a escola, cumpriu ano após ano todas as tarefas ao mesmo tempo em que pegava no cabo da enxada e trabalhava em plantações de cana. Ajudava a família na labuta diária para que ninguém passasse fome ou dificuldade extrema, mas sua cabeça estava sempre focada num amanhã muito diferente, o mais próspero possível. Como sonhar não custa nada, sabia que precisava trabalhar duro, estudar muito e, quem sabe, com recursos que seus pares não possuíam, chegar lá. Mas não era o sonho simples, da casa própria, bem equipada, com geladeira, fogão, máquina de lavar roupas e televisão. Ele queria mais. Era muito ambicioso. Via com os cantos dos olhos, e uma certa inveja a tomar-lhe o coração, a situação dos donos das terras onde colhia a cana ou ainda, um pouco adian

Formspring: Você já conhece?

As tecnologias de informação e comunicação (TICs) se renovam constantemente, numa velocidade incrível. Todos os dias são adicionados novos recursos que demoramos algum tempo para conhecer, saber exatamente do que se tratam, se são úteis aos nossos propósitos, de que modo podem ser utilizados para nossas ações pessoais ou profissionais. Entre as ferramentas que conheci mais recentemente, por influência de meus alunos, está o Formspring. O nome não nos dá muita informação sobre o que teremos pela frente e, por isso mesmo, resolvi facilitar um pouco a compreensão de quem ainda não utiliza, para que decidam se pretendem ou não utilizar... O Formspring funciona basicamente do mesmo modo que o Google e o Twitter, ou seja, apresenta uma caixa na qual podemos inserir caracteres, ou seja, mensagens. Diferentemente do primeiro, no entanto, não é um buscador de informações no sentido literal do termo. No Formspring também buscamos informações, só que direcionando questões para pessoas com as quai

Sobre Futebol, Seleção Brasileira e Copa do Mundo

Copa do Mundo à vista! Quatro anos passaram a jato, literalmente, e lá vamos nós para mais um campeonato mundial de seleções. Outro dia vi matéria que informava ser o futebol responsável por 1% do PIB mundial. Movimenta bilhões de dólares anualmente. Bilheterias, direitos de transmissão de jogos, patrocínios, publicidade nos estádios, contratações de craques, movimentação de ações no mercado financeiro, venda de camisas e outros produtos associados aos clubes e seleções... Não é a toa que hoje é tão grande negócio! E porque tanto dinheiro num jogo que envolve 22 atletas (mais reservas, treinadores, médicos, massagistas, árbitros, bandeirinhas...), uma bola, os gols, regras, um gramado com marcas que delimitam o espaço onde ocorrem as partidas e torcedores? Justamente por conta da paixão dos torcedores, cada vez maior. Futebol é papo em botequins, escolas, escritórios, fábricas, pontos de ônibus, hospitais e todos os lugares que vocês imaginarem, até salões de beleza, onde reinam as mul

O que é felicidade?

Para começar a reflexão sobre felicidade, que tal pensar em letras de músicas que abordam o tema? Começo recordando três clássicos da Música Popular Brasileira: Tristeza não tem fim, felicidade sim... (Tom Jobim e Vinicius de Morais) Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora... (Caetano Veloso) Felicidade é uma cidade pequenina, uma casinha, uma colina, qualquer lugar que se ilumina, quando a gente quer amar... (Moraes Moreira) Vamos então ao conceito, pensado a partir da inspiração das músicas... * Felicidade é o estado de espírito (de alegria, êxtase, satisfação) passageiro ou temporário, que deixa saudade, associado ao relacionamento humano (do homem/mulher com outros homens/mulheres ou ainda do homem com ele mesmo), a vida material e ao contato do homem com a natureza. * No que se refere aos relacionamentos humanos, eles se concretizam no ínterim da família, do trabalho, das amizades e até no contato com desconhecidos. * A felicidade acontece em todas as ins

Qualidade de vida, mais que um conceito, uma necessidade

Creio que todas as pessoas que conheço perseguem, de algum modo, aquilo que chamam de Qualidade de Vida. Algumas associam ao lugar onde vivem ou gostariam de viver e, neste caso, as preferências variam bastante, da praia a montanha, de lugares tranquilos a cidades grandes. Há aqueles que relacionam esta idéia ao emprego, a profissão, ao trabalho. Pensam em quantas horas diariamente dedicamos a labuta diária e imaginam que para ter qualidade de vida é preciso ter um bom trabalho, no qual se sintam bem, tendo real prazer naquilo que fazem e, ainda, de preferência, sendo bem remunerados e contando com benefícios variados. É comum também que saibamos de pessoas que pensam que para suas vidas serem de qualidade é preciso ter uma conta bancária saudável. Dinheiro ameniza as dores nos momentos difíceis e torna mais doce e tranquilo o cotidiano, legando ao dono o conforto que lhe acomoda dia após dia. Neste interim, alguns pensam não no dinheiro, mas nos bens materiais que este possibilita ter

Globalização e Tradições Regionais: Os casos de São José dos Campos e Cunha, no Vale do Paraíba

  São José dos Campos - SP São José dos Campos é uma metrópole que tem, hoje, aproximadamente 700 mil habitantes. Vias urbanas modernas e ágeis garantem, neste século XXI, que os moradores da cidade consigam se deslocar com facilidade de uma ponta a outra da cidade em questão de minutos (com exceção dos horários de pico, quando o fluxo de veículos aumenta muito e cria verdadeiros "gargalos" por onde há muitos carros tentando passar ao mesmo tempo).  A estrutura comercial da cidade, com o centro respondendo por um comércio popular de preços mais acessíveis sendo pagos por produtos de boa qualidade e origem, os shopping centers distribuídos por diferentes bairros e regiões trazendo mercadorias e serviços de padrão mais elevado e preço condizente com a comodidade ofertada e as lojas estabelecidas em diferentes áreas habitadas de forma a atender as necessidades mais prementes, é bem organizada e estruturada, atendendo de forma plena os joseenses e também os habitantes de cidades

Gentileza gera gentileza

Como dizia o Profeta Gentileza, célebre andarilho e pregador que viveu no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1990, cuja obra registrada em pontes daquela cidade está sendo restaurada e preservada por conta da ação pública: "Gentileza gera gentileza". A mencionada restauração foi tema de reportagens de jornais, revistas e televisão há poucos dias e esperamos possa recuperar, treze anos após a morte do popular profeta, não apenas aquilo que foi por ele apregoado com sua arte pintada embaixo de viadutos, na proximidade de ruas e avenidas, mas principalmente o espírito contido naquelas palavras. As pessoas hoje se esbarram. Há aqueles que preferem evitar uns aos outros. Vejo, por vezes, alguns que escolhem virar o olhar ou atravessar a rua a ter que dirigir um simples cumprimento a alguém conhecido. Vizinhos já não se conhecem mais. Há muita gente escondida dentro de casa, evitando o contato com os outros, por medo, apreensão, fobias sociais ou mesmo por conta deste indivi