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Mostrando postagens de agosto, 2011

Disse a verdade...

Disse a verdade... E paus e pedras foram jogados em sua direção Virou a Madalena, xingada e agredida, vilipendiada e ofendida... Falou o que pensava... E por isso foi repreendida, A coragem de suas palavras foi sua desgraça, Que lhe levou a forca, Que lhe sacrificou... Se arrependeu? Não, não e não Afinal dizer a verdade é o que lhe fora ensinado E lição aprendida, corporificada a partir dos pais Apenas fez o que se esperava dela, Disse o que pensava, que era a verdade... Crucificada foi Mas ainda que pregada na Cruz Com a dor pelo corpo E o sangue a escorrer de suas entranhas Sua expressão era de lividez, ainda que as lágrimas escorressem, Pois apenas dissera a verdade Impropérios foram jogados ao vento E o tempo os apagou Mas a memória de sua coragem E das palavras que pensava perduraram Pois apenas dissera a verdade... Por João Luís de Almeida Machado Membro da Academia Caçapavense de Letras

O Educador Democrático e o Universo "I"

O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996). Li em artigos recentes publicados na internet e nos jornais que o desinteresse pela política entre os jovens é cada vez maior. Não querem participar. Com isso nos dão um recado claro e consistente, não concordam e por isso preferem se abster. Igualmente sinalizam que, como tônica do mundo em que vivemos, é preferível focar nos interesses pessoais, específicos de cada um, em seus próprios universos. O coletivo não nos compete como pessoas que podem (e deveriam) atuar politicamente. Há vários fatores que certamente contribuem para isso. A corrupção e a sensação de impunidade em relação aos políticos que cometem atos ilícitos é uma destas questões de grande monta a afastar as novas gerações da política. A sensação de que

Feliz aniversário

Celebração da vida, os aniversários são momentos ímpares em que colocamos uma vela a mais no bolo e, com isso, constatamos não apenas o passar dos anos, mas as escolhas que temos feito ao longo do caminho. Temos sido aquilo que sempre desejamos? Estamos trazendo paz e luz para as pessoas com as quais convivemos? Realizamos somente para nós ou olhamos para o coletivo? Trabalhamos em prol de um mundo melhor? Cultivamos o amor como máxima realização ao nosso alcance?  Fazer porque é preciso fazer, como obrigação ou compromisso, apenas pelo fato de que "batemos o cartão" não é opção real para quem quer validar sua existência, seus muitos anos de vida. Se não há paixão envolvida no que realizamos, de que vale a vida? Se não há bondade e gentileza nas relações com as pessoas e com o mundo, o que estamos fazendo por aqui? Se, por outro lado, impera o mau humor, a insatisfação, o descontentamento, a dor e a vaidade, do que se orgulhar? Quando olhar para trás busque a felicidade do

Sobre relacionamentos, contratempos e prioridades...

Nas relações com amigos e parentes por vezes surgem rusgas que parecem maiores do que realmente são. Por conta desta nossa análise errônea acabamos fazendo com que tudo o que foi construído com amor e amizade nestes relacionamentos por vezes seja colocado em segundo ou terceiro plano, fazendo prevalecer a desavença. Não se esqueça de tudo o que viveram de bom, alegre, saudável em suas relações e busque o diálogo para superar qualquer discordância! Os contratempos que enfrentamos, as adversidades que se colocam no nosso caminho, os erros e problemas são oportunidades para que aprendamos e possamos crescer. Não podemos deixar que estas dificuldades prevaleçam e que apaguem o sentido de realização, compromissos, amor e paz que norteia a maior parte de nossas vidas. Mens sana in corpore sano , tão antigo mas tão valoroso conselho que chegou aos nossos tempos. Precisamos correr menos, nos alimentar melhor, dormir bem, ter tempo para o lazer, crescer intelectualmente... Como fazer tudo

Atropelado pelos ponteiros do relógio...

De tanto correr... Um dia ele foi atropelado pelos ponteiros do relógio. Literalmente falando, isso aconteceu com Getúlio e acontece todos os dias com tantas e tantas pessoas. E o pior é que a maioria nem se dá conta! Mas, vamos ao que interessa, a história deste infortúnio vivido pelo nosso mencionado amigo. Vivia Getúlio numa normalidade que lhe parecia normal demais. Acordava cedo, tomava seu café, dirigia-se para o trabalho, cumpria sua rotina profissional, batia o cartão no final do expediente e por volta das 18 horas estava de volta. No caminho de retorno para casa parava na praça principal da cidade pacata na qual vivia. O ônibus da fábrica deixava por lá várias pessoas amigas e não era incomum que caminhassem juntos ou ainda que parassem para um café ou mesmo para uma cerveja nas sextas-feiras sagradas. Mário, Paulinho e Jonas eram os companheiros mais regulares. Eventualmente Eduardo e Thiago também participavam. O importante é que havia tempo para esta confraternização nã

Senhor Eficiência

As lágrimas rolaram de seus olhos. Representavam a alegria e a tristeza que aquele homem vivia. Não era só o momento, de êxtase, aplaudido de pé por tantas pessoas. Reconhecimento justo por tudo aquilo que fizera ao longo de todos os anos de sua vida. Sempre entre os primeiros colocados em tudo o que realizara. Melhor aluno das salas pelas quais passara. Destaque nos vestibulares com várias menções em jornais por suas primeiras colocações. Exemplar durante a formação superior. Orador das turmas com as quais se graduara. Disputado por empresas onde muitos dariam de tudo para estar. Carreira sólida, sem manchas, só resultados expressivos. Aquele instante de sua vida era a celebração do apelido que ganhara de colegas e detratores, invejosos quanto ao seu sucesso: Senhor Eficiência. Nada ficava para depois. Tudo era feito com qualidade e esmero. Prazos sempre respeitados, ou melhor, antecipados. As equipes pelas quais passara eram as melhores da empresa muito por conta de sua capacidade

A melhor educação do mundo e seus segredos...

O sistema de ensino da Finlândia, país nórdico europeu que até 30 anos atrás possuía educação equivalente a do Brasil tem sido avaliado como um dos melhores e mais consistentes de todo o mundo. E com base em que critérios foi possível definir que o sistema educacional finlandês pode ser assim considerado? Partiu-se do mais básico entre todos os elementos de análise disponíveis: os resultados internacionais obtidos pelos alunos daquela nação no PISA (Programa de Avaliação Internacional de estudantes), comparativamente ao de todos os outros participantes (milhares de estudantes representando cerca de 60 nações no total, desenvolvidas ou emergentes, de todos os continentes) para que, pautando-se nos resultados obtidos nas provas de matemática, ciências e leitura – se constatasse a superioridade finlandesa. Nos últimos anos os finlandeses ficaram sempre entre os 3 primeiros colocados em Ciências, Matemática e  Leitura. Só para que possamos comparar, o Brasil classificou-se nestes exames

Entrevista na íntegra sobre o clássico "O Mágico de Oz"

Reproduzo a seguir a entrevista que concedi, na íntegra, para a jornalista Melina Pockrandt, da revista Ler & Cia , do grupo de Livrarias Curitiba, sobre o clássico filme "O Mágico de Óz", para a edição da publicação lançada no bimestre Julho/Agosto de 2011. 1) Do ponto de vista cinematográfico, como o filme “O Mágico de Oz” marcou a história do cinema? JL - Há vários pontos a destacar quanto a este clássico, como por exemplo o fato de ser o filme que lançou, de fato, Judy Garland ao estrelado, seus efeitos especiais, suas cores vibrantes (e a transição do preto e branco para o colorido quando a casa de Dorothy é levada pelo furacão, saindo de Kansas e chegando ao reino mágico de Oz), a própria proposição de uma fantasia num momento de filmes dramáticos, comédias populares ou policiais noir... Penso que foi marcante em todos estes aspectos e acabou, de certa forma, se tornando um precursor poderoso de toda uma legião de filmes que viriam a ser posteriormente produ

Quem sou eu? E você... Quem é?

Sou o resultado de cada passo, respiração, encontro, leitura, viagem e tantas experiências que se acumulam ao longo de minha jornada. Sou filho, irmão, primo, tio, marido, pai, profissional, tudo numa única pessoa. Tenho passado, estou aqui neste momento presente e olho para o amanhã, vivendo o futuro que nunca me pertence, que está sempre adiante de mim. Ainda assim, com todas estas certezas, sou incompleto e há incertezas que me acompanham, como a todas as pessoas. Estou em permanente construção e, por isso mesmo, sou um eterno aprendiz... E você... Quem é? Por João Luís de Almeida Machado Membro da Academia Caçapavense de Letras

O que desejo para você...

Dizem que devemos fazer para o outro aquilo que gostaríamos que fosse realizado para nós. Nesta relação de contrapartida, o que realmente desejamos para o outro, para nosso próximo? Já parou para pensar que, de certo modo, nossas ações em relação ao outro repercutem mesmo para nós, senão em igual intensidade, sempre de algum modo? Sendo assim, repense o seu cotidiano, momento a momento, atento a suas ações e pensamentos em relação ao mundo e as pessoas com as quais convive, traduzindo sempre da melhor forma possível, em busca de bons fluídos, de energia positiva, para que no final suas repercussões para todos, inclusive você, sejam as melhores possíveis. Ao despertar o relógio, permita-se espreguiçar-se, retornar as energias, acordar de fato e agradeça por mais um nascer do sol. Levante-se respeitando a velocidade do seu corpo, seus reflexos, sua força. Ao lavar o rosto, procure sentir a água tocando sua face, é muito mais energizante do que se simplesmente agimos de forma mecânic

Equipes extraordinárias

A maioria de nós, um uma ou outra ocasião, já participou de uma excelente “equipe”, um grupo de pessoas que funcionavam juntas de uma forma extraordinária – que confiavam umas nas outras, que complementavam seus pontos fortes e compensavam suas limitações, que tinham um objetivo comum maior do que os objetivos individuais e que geravam resultados extraordinários. Conheci várias pessoas que experimentaram esse tipo de trabalho em equipe – nos esportes, no teatro ou nos negócios. Muitos dizem que passaram grande parte de suas vidas tentando reviver essa experiência. Elas participaram de uma organização que aprende. A equipe que se tornou excelente não começou excelente – aprendeu a produzir resultados extraordinários. (SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: Arte e prática da organização que aprende. 23ª ed. São Paulo: Best Seller, 2008) Tive o privilégio de participar de uma equipe extraordinária como a que descreve Peter Senge. Professores de qualidade indiscutível, devotados a educação,

Como as tecnologias mudaram o seu modo de pensar?

Você tem alguma dúvida? Não sabe exatamente o que significa uma determinada palavra? Seu filho recorreu a você para ajudá-lo numa pesquisa escolar. Alguém no trabalho comentou sobre um novo produto. Um amigo lhe falou a respeito de uma cantora espetacular que viu num vídeo. Situações relativamente corriqueiras que nos fazem, hoje em dia, recorrer quase sempre ao Google ou ao YouTube (entre outras ferramentas), buscando nestas plataformas da internet dados sobre o que buscamos de informação. E quando vai a alguma cidade que não conhece... E para não se perder recorre ao GPS para lhe orientar sobre as ruas pelas quais deve trafegar para chegar a uma consulta médica, um espetáculo teatral, um museu, uma reunião de negócios... Quer saber onde está seu filho? Você imediatamente pega seu celular e disca os números dele para que, aonde quer que ele esteja, seja possível entrar em contato e se tranquilizar ou então lhe comunicar o que precisa ser dito a ele... Entre em elevadores nos grand