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Mostrando postagens de março, 2010

Sobre as pequenas alegrias da vida...

Tenho pensado muito em simplificar. Escutei, li, vi filmes, conversei com pessoas, aprendi com meus pais, percebi isso até na minha fé... As pequenas alegrias da vida são aquelas que realmente fazem valer a pena estar por aqui. E no que realmente consistem estas pequenas coisas da vida que nos dão alegria? Muitas vezes, por conta de constituírem o cotidiano, não as notamos ou valorizamos como deveríamos. Sabem, por exemplo, aquela sensação gostosa que temos quando preparamos um café e sentimos aquele aroma delicioso da água quente a passar pelo pó e contagiar o ambiente? Ou então quando tomamos um banho e a água a percorrer nossos corpos, dando-nos a agradável sensação de frescor, de limpeza do corpo, da alma e até mesmo das preocupações? Me refiro a coisas simples assim. A um breve cochilo depois do almoço. Ao abraço terno, caloroso, doce e suave das pessoas que amamos. A leitura do jornal de domingo, na poltrona ou na rede, com uma brisa a nos refrescar. Ao almoço em família ou ao ha

Mississipi em Chamas (Mississipi Burning, EUA/1988)

Preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.: O preconceito racial é indigno do ser humano. (Dicionário Aurélio) Repare atentamente no cartaz do filme "Mississipi em Chamas", apresentado no topo dessa página ao lado da explicação dada pelo Dicionário Aurélio para a definição de preconceito. Perceba que um rosto se esconde por detrás de um pano, sendo perceptível apenas pelos olhos, aparentes através de dois buracos, caprichosamente produzidos de forma a criar uma máscara branca. Não é possível perceber, no entanto, que o lençol utilizado para criar essa máscara tinha a clara intenção de esconder os rostos de pessoas preconceituosas,

Mississipi em Chamas (Mississipi Burning, EUA/1988)

Preconceito . [De pre- + conceito.] S. m. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; idéia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.: O preconceito racial é indigno do ser humano. (Dicionário Aurélio) Repare atentamente no cartaz do filme "Mississipi em Chamas", apresentado no topo dessa página ao lado da explicação dada pelo Dicionário Aurélio para a definição de preconceito. Perceba que um rosto se esconde por detrás de um pano, sendo perceptível apenas pelos olhos, aparentes através de dois buracos, caprichosamente produzidos de forma a criar uma máscara branca. Não é possível perceber, no entanto, que o lençol utilizado para criar essa máscara tinha a clara intenção de esconder os rostos de pessoas preconceituosas,

Declaração de amor a vida

Todos os dias quando acordo e me percebo por aqui, vivo, são, capaz, agradeço a Deus pela vida. Olho para os lados e vejo meus filhos, a esposa e novamente sinto o quanto afinal somos abençoados por estarmos aqui. Nos encaminhamos para o trabalho, no meu caso a caminho da escola ou pelas vias da web, e ao chegar lá me deparo com colegas professores, alunos, funcionários e os percebo a todos, igualmente, como a concretização do sonho de uma vida feliz, onde apesar de alguns percalços, mais alegrias e vitórias marcam nossa passagem por esta Terra que infortúnios e dramas. Quando recebo meus pais ou meus sogros em casa, mesmo que para visitas rápidas, furtivas, de passagem, ou ainda melhor, quando tem mais tempo e podem "gastar" conosco, percebo a riqueza que vem dos relacionamentos duradouros, que nos acompanham por toda a vida. O tempo passa para todos, as marcas dessa passagem surgem em nossos rostos e corpos, mas a admiração parece apenas aumentar. Eles estão cada vez melhor

Simonal - Ninguém sabe o duro que dei (Brasil, 2009)

Você sabe quem foi Wilson Simonal? Isto é, além de ser pai de Max Wilson e Simoninha, artistas que estão no mercado e que tem feito sucesso? Pois é, Simonal era, no início da década de 1970, o artista/cantor mais popular do país, ao lado de Roberto Carlos, segundo palavras de Nelson Motta, um dos mais conceituados jornalistas e empreendedores do ramo artístico no Brasil há tempos. Creio que, assim como Chico Anysio e Ziraldo (entre outros), que se Simonal não tivesse se enrolado com a ditadura militar de forma cândida e movido por sua confiança na popularidade que tinha, provavelmente ainda hoje estaria nos palcos e seria celebrado como um dos maiores nomes do entretenimento nacional. E quando falo entretenimento, é proposital, pois este homem era um completo showman, ou seja, capaz de cantar como poucos, dançar, interpretar durante suas apresentações e, como nunca vi em minha vida, magnetizar o público, na TV ou em shows, para que cantasse com ele, sendo que Simonal tornava-se o regen

Simonal - Ninguém sabe o duro que dei (Brasil, 2009)

Você sabe quem foi Wilson Simonal? Isto é, além de ser pai de Max Wilson e Simoninha, artistas que estão no mercado e que tem feito sucesso? Pois é, Simonal era, no início da década de 1970, o artista/cantor mais popular do país, ao lado de Roberto Carlos, segundo palavras de Nelson Motta, um dos mais conceituados jornalistas e empreendedores do ramo artístico no Brasil há tempos. Creio que, assim como Chico Anysio e Ziraldo (entre outros), que se Simonal não tivesse se enrolado com a ditadura militar de forma cândida e movido por sua confiança na popularidade que tinha, provavelmente ainda hoje estaria nos palcos e seria celebrado como um dos maiores nomes do entretenimento nacional. E quando falo entretenimento, é proposital, pois este homem era um completo showman, ou seja, capaz de cantar como poucos, dançar, interpretar durante suas apresentações e, como nunca vi em minha vida, magnetizar o público, na TV ou em shows, para que cantasse com ele, sendo que Simonal tornava-se o regen

Viciados em Internet...

Saia, vá conhecer o mundo, há muito para se ver e fazer... “Com 14 anos, ganhei meu primeiro computador e fui, pouco a pouco, me tornando dependente dele, sem me dar conta da gravidade disso. Há seis meses, desde que concluí a escola e fiquei ociosa, ainda sem saber qual faculdade seguir, passo em média oito horas por dia navegando — e sempre me parece insuficiente. Na internet me refugio da timidez. Tenho um blog e frequento as redes sociais, onde já conto com 300 amigos e arranjei até namorado. Só me sobrou uma amiga dos tempos pré-internet, e as refeições eu faço apenas em frente à tela. Vivo num mundo tão à parte que, confesso, saio à rua e acho tudo estranho. Sou uma pessoa improdutiva, e o mais assombroso é que tenho total consciência disso. Ainda não procurei tratamento, mas talvez seja o caso.” (Marilia Dalabeneta, 18 anos, depoimento dado a Revista Veja) Quando uma jovem, no esplendor de seus 18 anos, admite que está se tornando dependente de um recurso, seja ele uma droga ou

Sobre Classes Sociais...

  No sistema capitalista o elemento que define a divisão social, diferentemente daquilo que acontecia, por exemplo, na Idade Moderna (séculos XV a XVIII), deixou de ser a origem social e familiar, e passou a ser a possibilidade econômico-financeira das pessoas. A ascensão da burguesia formalizou o capital (K) como o elemento que caracteriza socialmente o que cada um de nós representa no contexto em que vivemos. E quando falamos em capital (K), nos referimos ao conjunto de bens e posses que permite a um ou mais indivíduos, ao transformar estes recursos em dinheiro, se perceber e inserir no tecido social como pessoa reconhecida, identificada e ativa. A sociedade de classes contemporânea é, portanto, definida a partir dos rendimentos obtidos por cada pessoa, dentro de um prazo padrão (mês, trimestre, semestre, ano) que, comparados com os ganhos médios dos demais cidadãos de um país, permitem classificá-lo como pertencente a um substrato social.  No Brasil, como em outras naçõ

Os heróis que não somos...

S empre pensei que nossa missão na vida fosse salvar o mundo, ao menos alguns pequenos pedaços dele, através das nossas ações cotidianas. Médicos e enfermeiros, por exemplo, com suas intervenções são capazes de ajudar as pessoas a superar doenças, dores, angústias causadas por acidentes e, até mesmo, em alguns casos, vencer a morte. Engenheiros, por sua vez, constroem casas, estradas, pontes ou criam recursos de diferentes naturezas que permitem as pessoas viver melhor, ter o seu cantinho, trafegar de um lugar para o outro... No caso dos professores, e constantemente advogo isso, também salvamos vidas. Nos propomos a levar através de nossas aulas, mais que informação. O objetivo é trazer na bagagem também um pouco de esperança, ética, cidadania, paz, amor e tantos outros bons sentimentos, pensamentos e valores - embalados em conhecimento, experiência, sabedoria e conteúdos diversos. Quando entro numa sala de aula, tenham certeza, é com esse intuito. Além de história, filosofia, educaçã

Marcos e Robinho: Lições dos gramados

Começo este texto esclarecendo, de antemão, que não sou palmeirense e nem, tampouco, santista. Trago através destas linhas impressões obtidas a partir de recentes depoimentos dados por Marcos, goleiro do Palmeiras, pentacampeão mundial de futebol com a Seleção Brasileira em 2002, e por Robinho, atualmente no Santos, clube que o lançou e que, certamente consta da lista de nomes que Dunga, treinador da atual Seleção, pretende levar para a Copa na África do Sul. O tema, a princípio, pode parecer futebol, como tudo indica, tendo as falas de Marcos e Robinho como referências principais, mas a idéia é ir um pouco além... Para tanto, apresento a seguir o que disseram esses craques do mais popular esporte no Brasil: "As vezes o pessoal espera aquele Marcos de 99, com 26 anos, que é bem diferente do Marcos de 37 anos. A bola tem chegado muito ao gol e não tenho condições de pegar tanto quanto pegava. Perdi um pouco da agilidade que tinha, da velocidade, da arrancada. E os erros vão acontec

Cartas Abertas: Eleições à vista! O que fazer? Ilusões perdidas?

  Depois da luta contra a ditadura, entre as décadas de  1960 a 1980, iniciou-se o processo de redemocratização, com as pessoas nas ruas pedindo eleições diretas. Veio a constituinte, ganhamos uma nova lei. Elegeu-se com o voto popular um presidente. Derrubou-se tal mandatário com as pessoas indo as ruas, especialmente os jovens de caras-pintadas. De lá pra cá, o processo democrático tornou-se parte do dia a dia. As pessoas foram se "acostumando" ao voto. Se aprenderam a votar? Creio que sim e tenho certeza que não ao mesmo tempo... Não quero com isso dizer que concordo ou discordo de tal partido ou candidato. Isso é muito clichê. E as discussões no Brasil têm caminhado sempre nessa direção. Ou se é PSDB ou se é PT. Ou se gosta do Lula ou se gosta do FHC. Há aqueles que pretendem votar no Serra e outros que irão optar pela Dilma (ou pela Marina, pelo Ciro...). O que quero dizer é que do início dos anos 1990 para cá, politizados aparentemente fomos por participarmos de process

Leões e Cordeiros

Robert Redford é realmente um homem admirável. Astro de cinema, com propostas sempre batendo a sua porta, resolveu ir além da carreira de ator e investir em projetos mais ousados. Criou o festival Sundance, para filmes independentes, com o intuito de promover o surgimento de uma nova geração de cineastas, dando-lhes o espaço que Hollywood e o Oscar não costumam dar. Tornou-se diretor e, para a surpresa de muitos, tem trazido a tona filmes que demonstram maestria tanto na condução quanto nas temáticas, sempre diferenciadas, questionadoras, polêmicas. Em seus filmes quer sair do lugar comum, incomodar, deixar os espectadores com dúvidas quanto a seus próprios posicionamentos e atitudes. Este é o caso de "Leões e Cordeiros", estrelado por Redford ao lado de Tom Cruise e Meryl Streep, o que, por si só, já nos dá idéia de se tratar de um filme com grande potencial. Normalmente atores como Streep ou Cruise só colocam seus nomes em produções que venham a ter repercussão junto ao púb

Leões e Cordeiros

Robert Redford é realmente um homem admirável. Astro de cinema, com propostas sempre batendo a sua porta, resolveu ir além da carreira de ator e investir em projetos mais ousados. Criou o festival Sundance, para filmes independentes, com o intuito de promover o surgimento de uma nova geração de cineastas, dando-lhes o espaço que Hollywood e o Oscar não costumam dar. Tornou-se diretor e, para a surpresa de muitos, tem trazido a tona filmes que demonstram maestria tanto na condução quanto nas temáticas, sempre diferenciadas, questionadoras, polêmicas. Em seus filmes quer sair do lugar comum, incomodar, deixar os espectadores com dúvidas quanto a seus próprios posicionamentos e atitudes. Este é o caso de "Leões e Cordeiros", estrelado por Redford ao lado de Tom Cruise e Meryl Streep, o que, por si só, já nos dá idéia de se tratar de um filme com grande potencial. Normalmente atores como Streep ou Cruise só colocam seus nomes em produções que venham a ter repercussão junto ao púb

Geração Y: Quem são? O que pensam? Que problemas têm?

Eles nasceram sob a égide da tecnologia. Não conhecem o mundo sem internet. Nem desconfiam como eram bancos, supermercados, lojas, serviços públicos ou qualquer tipo de atividade humana antes do advento dos computadores e suas redes. São leitores de manchetes, ávidos por informação rápida, que possa ser percebida a partir de um olhar. Acham que e-mail é uma ferramenta ultrapassada, por isso mesmo preferem se comunicar pelas redes sociais, como o Twitter, o Facebook , o Orkut... Faixa etária? Têm no máximo 15 ou 16 anos. São imagéticos. Há entre eles alguns que ainda se interessam por "antiguidades", como livros, CDs, jornais, televisão... Pois é, estou falando dos meus filhos e também dos alunos com os quais trabalho atualmente. É certo que você também conhece alguns deles, que podem ser parte de sua família ou da vizinhança. Esta garotada é ágil mesmo, mas tem dificuldades para se concentrar por muito tempo em um único assunto, consideram a escola uma "infeliz" obr