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Mostrando postagens de julho, 2007

Nem parece professor... A síndrome de vira-latas da educação

História que me foi contada outro dia... Depois de algum tempo um grupo de amigos se reencontrou numa festa. Alguns já não moravam na mesma cidade e, por isso, o reencontro foi saudado com muita alegria por todos. Quando foram embora da cidade estavam ainda iniciando seus estudos ou carreiras e, a maioria ainda não havia se casado. Nesse retorno, depois de bons anos, voltavam com muitas novidades e histórias para contar. Uma das pessoas que havia ido embora tornara-se profissional liberal, possuía consultório e clientela fiel, atuava numa das grandes cidades do interior paulista e se casara em seu novo município. Quando seu marido foi apresentado as amigas e mostrou-se um perfeito gentleman, homem culto, de fala tranquila, vocabulário amplo e um papo sempre interessante e enriquecedor, as amigas começaram a especular qual seria a profissão dele... Engenheiro? Administrador de empresas? Arquiteto? Advogado? Médico? Dentista? Resolveram então acabar com o dilema perguntando a amiga qu

O ócio produtivo e o mundo "slow"

"O mundo é um livro, e aqueles que não viajam lêem apenas uma página." (Santo Agostinho, 354-430, Teólogo e filósofo católico) Sou professor de história da gastronomia e um dos movimentos relativos a alimentação que mais me encantam é o chamado "Slow Food", que prega a necessidade de resgatarmos o prazer contido nas refeições, desde o seu preparo, passando pela comunhão celebrada em torno de uma mesa quando nos reunimos para almoçar ou jantar e atingindo até mesmo a conversa que ocorre logo depois, regada por uma boa sobremesa, um cafezinho ou um cálice de vinho do Porto... No Slow Food valoriza-se a companhia, a mão dos cozinheiros, o trabalho conjunto no preparo dos temperos e receitas, o lento refogar dos cozidos nas panelas, o bate-papo animado que rege os encontros nas cozinhas, a saborosa troca de idéias ao redor de uma mesa,... Descobri que esse não é o único movimento internacional em prol de uma vida onde possamos desfrutar do ócio produtivo preconizado

Raio X da Educação Brasileira

Educação virou prioridade no Brasil. Se isso ainda não pode ser percebido em medidas que leguem ao ensino brasileiro a qualidade que dele esperamos, ao menos a movimentação que existe por parte de pesquisadores, educadores, jornalistas e (pasmem) até mesmo políticos quanto aos indicadores nacionais tem sido grande. Todos os dias há notícias e informações, dados e tabelas e, principalmente, novas idéias e propostas para a educação nacional. Esse grande movimento ainda não resultou em mudanças que possam ser percebidas a olho nu, ou seja, sem um microscópio que demonstre que as transformações estão ocorrendo dentro de um ser vivo de grandes dimensões como o Brasil, alterando-se lentamente as bases genéticas (e especialmente as culturais), não conseguimos ter uma clara acepção dos acontecimentos. A mais expressiva alteração revela-se na busca de dados sobre a educação nacional. Exemplo, na semana passada os jornais divulgaram dados de pesquisa do MEC e do Inep através da qual pudemos sa